Veja na Íntegra a nota que foi publicada nas redes dos que a assinam:

Brasília/DF – 17 de abril de 2025

Diante do resultado das eleições internas para a direção nacional do nosso partido, a REDE Sustentabilidade, vimos, em primeiro lugar, agradecer aos milhares de filiados e filiadas que se mantêm firmes na luta pela continuidade dos princípios e valores que norteiam, desde a fundação do partido, o nosso projeto de inovação política, luta pelo desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões e construção partidária. Também reforçamos nossa busca comum por um Brasil e um mundo mais justos, a partir de um modelo sustentável de desenvolvimento, que inaugure um novo ciclo de prosperidade, com democracia, fim das desigualdades e respeito à diversidade.

Embora, até aqui, em função de flagrante desrespeito ao estatuto da Rede, o resultado não tenha sido favorável à nossa candidatura, e mesmo tendo sido arbitrariamente cancelados cerca de 43% dos nossos delegados, ainda assim não conseguiram evitar que conquistássemos uma das duas cadeiras de porta-vozes prevista em nosso estatuto. Ficamos muito felizes que Iaraci Dias passe a ocupar a função de porta-voz feminina nacional da REDE Sustentabilidade. Junto com outros companheiros que comporão a direção nacional, Iaraci será a nossa voz representando o projeto de manutenção dos valores fundantes do partido que criamos, com a esperança de que as leis e as instituições democráticas do nosso país nos garantam justiça e a necessária reparação política.

É impossível ignorar as sérias denúncias de fraude e autoritarismo que pairam sobre a preparação e a realização do VI Congresso. Desde a reunião convocada às pressas nas vésperas das festas de final de ano em 2024 – em que se alterou radicalmente todo o regramento eleitoral interno do partido; se criou uma comissão eleitoral controlada pelo grupo majoritário; e se proibiram novas filiações – até a condução enviesada dos trabalhos do Congresso, foi evidente o atropelo sobre os que defendem as bases políticas e programáticas que deram origem ao partido, com o objetivo de impor, de forma ilegítima, a apropriação política e institucional da REDE, alheia na visão, nos métodos e nas ações ao que deu base fundante à criação e institucionalização do partido.

Diversos relatos e a atenta análise que fizemos das 10 mil páginas de documentos, aos quais só tivemos acesso após decisão judicial, apontam para práticas que ferem o nosso estatuto e processos decisórios internos, outrora democráticos, e também os princípios éticos básicos da vida pública, e sobretudo das dinâmicas internas das relações democráticas partidárias. Condutas como fraude no colégio eleitoral, filiações em massa, falsidade ideológica, gastos de recursos públicos superiores a

R$ 1,5 milhão sem orçamento específico aprovado pelo diretório nacional, uso indevido da máquina partidária e coação de delegados, como inequivocamente aconteceram durante todo esse processo, representam um retrocesso inaceitável para um partido que tem a ética como um de seus principais pilares de atuação. Já são 20 ações judiciais ajuizadas nos estados e no Distrito Federal que buscam a correção das fraudes e abusos praticados nas conferências municipais e estaduais, para que seja resgatada a verdade eleitoral dentro do partido.

Os questionamentos políticos e jurídicos que estamos fazendo, que poderiam muito bem ter sido evitados, se a democracia interna não tivesse sido completamente desfigurada, é um ato de legítima defesa da integridade da nossa instituição, da satisfação que devemos à sociedade e confiança que devemos também a todos aqueles coletaram e assinaram fichas para criação da REDE, em não sermos iguais aos que combatemos da política tradicional. Por isso, este grupo seguirá tomando todas as medidas cabíveis, no campo político e jurídico, para que essas denúncias sejam devidamente investigadas e a REDE Sustentabilidade não venha a ser, de forma injusta e autoritária, transformada em uma agremiação política sem nenhuma relação com o ideário político e programático, pelos quais milhares de pessoas se mobilizaram voluntariamente, durante mais de dois anos, para viabilizar sua criação. Valores como transparência; horizontalidade; democracia interna; pluralidade e inovação política; e busca pelo consenso progressivo e respeito à diversidade.

Seguiremos atuando de forma vigilante e propositiva. O compromisso de defender um Brasil politicamente democrático, economicamente próspero, socialmente justo, culturalmente diverso e ambientalmente sustentável, tendo a REDE Sustentabilidade como importante instrumento político para o alcance dessa necessária e importante missão, está mais vivo do que nunca.

IARACI DIAS
Coordenadora executiva nacional e porta-voz nacional eleita

GIOVANNI MOCKUS
Coordenador de organização nacional e tesoureiro nacional eleito

MARINA SILVA
Primeira porta-voz nacional da REDE Sustentabilidade

ZÉ GUSTAVO
Primeiro porta-voz nacional da REDE Sustentabilidade

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